sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

UMA REFLEXÃO APENAS...








Quero compartilhar com vocês mais um episódio de “A vida como ela é” rsrsrsrs.  Aconteceu comigo ontem à tarde...


Por volta das 14:30h quando retornava da escola da minha filha, parei o carro no Posto de Gasolina do Cohafuma, aquele no canto de quem desce da Via Expressa, bem na avenida Jerônimo de Albuquerque, para fazer uma operação no caixa eletrônico 24horas existente ali, em frente ao Subway.


Quando desci do carro esse senhor (camisa azul, escrito BONSUCESSO), veio falar comigo e me pediu um dinheiro para comprar um VOLTAREM (remédio). Pedi que ele aguardasse um pouco e fui para o caixa eletrônico.


Quando terminei a operação bancária, fui falar com ele, que me aguardava... 


Diálogo:


EU - Qual é o nome mesmo do remédio que o senhor está precisando?


ELE -VOLTAREM!


EU – Vamos aqui à farmácia que eu vou comprar o remédio para o senhor!


ELE – Espere, na realidade eu já tenho o remédio... eu gostaria mesmo de uma ajuda, pra comprar uma refeição, pois estou morrendo de fome!


EU – Pois eu vou pagar uma refeição para o senhor. Escolha qual desses lugares o senhor quer comer! (lá tinham várias opções de lanchonetes e restaurantes).


ELE ESCOLHEU O SUBWAY – E LÁ FOMOS NÓS!


Quando entramos, pedi que ele escolhesse o que queria. Na parede havia várias ilustrações dos pratos e ele escolheu um, o de frango.


Esperei pacientemente minha vez, fiz o pedido e quando a funcionária estava terminando de montar o sanduíche, o meu mais novo “colega”, se levantou da cadeira e gritou:


ELE – EI, mas você não me perguntou o que eu queria dentro!


EU – Hã? Mas o senhor já escolheu o prato! Não é este aqui? ( e apontei para a figura na parede, que ele mesmo tinha escolhido).


ELE – É! Mas vocês têm que me perguntar o que eu quero! Vocês não sabem disso? Tem que me perguntar!!! (com raiva)


EU – (respirei fundo) senhor, este prato aqui já vem dizendo o que vem dentro... Mas o que o senhor quer pra botar mais?


ELE – (se virou pra funcionária do local, e com uma boa dose de arrogância, perguntou) – você colocou cebola? Ela respondeu – sim, senhor, coloquei sim! ELE – e quem mandou você colocar? Eu que tenho que dizer o que eu quero!!!


A essas alturas, ninguém presente ali naquele recinto, acreditava no que estava acontecendo. Todos se olhavam, olhavam para mim, para a funcionária, surpresos com a raiva tão estampada no rosto daquele senhor.


Pacientemente, pedi para funcionária retirar a cebola do sanduíche...  depois perguntei:



EU – O senhor quer para retirar mais alguma coisa? Ou para colocar outra coisa? (ele disse que não, com a cabeça) E para beber, o que O SENHOR QUER? QUER REFRIGERANTE?


ELE – Refrigerante não! Sou diabético...


EU – O senhor quer água então?


ELE – Pode ser... pode trazer a água!



Peguei a bandeja com o sanduíche e a água e levei para ele, sentado à mesa (obrigado, ele nem disse!)


Entreguei, me despedi e fui em direção ao meu carro... 


Meu carro estava estacionado em frente à lanchonete e resolvi esperar um pouco dentro do carro, para ver se ele comeria direitinho.


Para minha surpresa (agora, pensando bem, nem deveria ser tanta surpresa assim), ele se levantou da mesa com o sanduíche na mão, foi até a funcionária que fazia os lanches, conversou fazendo gestos chateados, depois jogou o lanche no balcão e nem a água bebeu. Saiu, bateu a porta e voltou para o mesmo lugar, próximo ao caixa eletrônico, interpelando outras pessoas e pedindo o mesmo dinheiro para o VOLTAREM (sei disso, porque perguntei para o senhor que havia acabado de falar com ele).


E então meus amigos, a que conclusão chegamos??? Cada um que tire as suas próprias, não é mesmo?



Um ótimo feriado e beijinhos reflexivos “procês”!!!

Nenhum comentário:

Postar um comentário